A chuva também não facilitou, mas um grupo de resistentes fez-se aos pedais e prontificou-se a cumprir os 95km com mais de 2000D+ prometidos pelo track.
Eu o Fred lá chegámos ainda antes da hora mandatada (muito a contragosto confesso) pelo nosso organizador, o mestre Jorge Pedroso, um dos gurus das voltas de puro (e duro) BTT, e depois de uma noite em que não tinha parado de chover amanhecia nublado mas sem chuva digna de registo. Ao menos isso!
Em menos de nada, juntou-se um belo grupo de duros que sem medo à chuva e lama se fez aos trilhos fabulosos que a Rota tinha à nossa espera.
Ainda antes do primeiro trilho, um pau entrou-me na pedaleira e tive de parar para o conseguir tirar e quando dou por ela o grupo onde seguia tinha-se evaporado, Fred incluído. Um telefonema e em poucos minutos tinha o Fred novamente ao pé de mim. Nunca mais sou rica para comprar todos os gadgets que preciso...
O parque diversões que o Jorge nos preparou era qualquer coisa de exemplar e seguíamos animados e a curtir mantendo algum respeito pelo estado do piso. A nenhum de nós apetecia plantar figueiras e abdicamos da velocidade em prol da segurança.
Passámos pelo sobejamente conhecido Trilho do Arquitecto ou do Sr. Heitor e refastelámos-nos pelos trilhos que o Clube Mafra BTT tão bem mantém. Um bem-haja a todos vocês por esse trabalho exemplar!
Eu já os conhecia de outras voltas e da Maratona de Mafra, mas foram uma estreia para o Fred e ficaram com mais um fã do vosso quintal.
Alguns quilómetros depois voltámos a apanhar o grupo com o qual tínhamos saído de Fonte Boa da Brincosa o que me animou mais um bocadinho confesso. Gosto de pedalar em grupo nestes passeios mais longos porque sempre se vai dizendo um disparate aqui e ali e ajuda a manter a moral em cima.
No entanto, depois de uma subida mais intensa em que o grupo se partiu e em que parámos para comer qualquer coisa enquanto esperávamos pelos que faltavam, voltámos a ficar para trás por sermos uns ruminadores mais lentos.
A ideia seria voltar a apanhá-los mais à frente mas isso não chegou a acontecer porque pouco tempo depois o Fred parte a corrente tal não é o power naqueles cranks (ou então era mesmo só a corrente fartinha de levar porrada e a pedir reforma, mas não lhe digam nada).
Bikes no chão, ferramentas a postos mas nenhum dos dois pares de elos rápidos que trazia com ele encaixavam na corrente. Era puxa daqui, força dali mas os malandros simplesmente não encaixavam.
Até que o Fred chega à conclusão que os elos não eram os certos para aquela corrente. Eram de 10v e a corrente era de 9v. Bonito serviço. Assim sendo não houve outra alternativa senão a de tirar um elo e voltar a cravar a corrente o que a deixou demasiado curta. Resultado: mais uma volta candicionada por avarias mecânicas... não andamos mesmo nos nossos dias.
Decidimos que o mais inteligente seria não continuar e voltar atrás assim que chegássemos à próxima estrada. Ainda tínhamos pela frente mais de 70km de caminho e com a corrente assim tão curta o mais certo era ceder novamente numa subida mais exigente.
Regresso feito por estrada e chegámos à conclusão que merecíamos um mimo pela desilusão de não termos podido continuar pelo que fomos buscar pão com chouriço quentinho à Aldeia do José Franco. Nhami!!!
Ficou assim a vontade de voltar a tentar esta Rota que depois de termos feito apenas o início e de ouvirmos os relatos de quem a completou ficou o bichinho instalado!
[O meu strava também não colaborou por isso venho atualizar os dados técnicos deste ensaio de volta quando o Fred tiver descarregado o track do seu GPS.]
Raios parta a mecânica eheheheeh
ResponderEliminarOu a falta de jeito do "mecânico" :P
Obrigado pela paciência e "sorry" por te obrigar a "encurtar" a voltinha, quase tanto quanto a corrente ehehehe
;)
achas?! aquele pão com chouriço compensou tudo ;) e voltaremos para a repetir! :D
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