A estreia da LIV nos trilhos e a última volta do ano


A pesquisa pela minha nova bike deu algum trabalho, mas encontrei a bike que me encheu as medidas (tanto as do gosto como as do orçamento). A oferta é mais que o que interessa a qualquer pessoa e tendo em conta os meus objetivos para o futuro e o facto desta escolha implicar fazer um investimento que não poderei repetir tão cedo, queria ter a certeza que escolhia a bike certa independentemente da marca, da cor ou das amizades.

Foi assim que depois de pesar todas as vantagens e desvantagens e de ouvir os meus amigos mais conhecedores do tema, que a escolha recaiu sobre o modelo de 2016 da Obsess Advanced 2 da Liv, uma marca da Giant especialmente desenhada para mulheres e que o meu amigo Bruno passou a ter disponível na sua ATXCyclingStore.


Se a bike é linda nas fotos, ao vivo então nem vos digo nada! O trabalho de pintura é qualquer coisa por demais e ainda não tinha visto nenhuma com este tipo de pormenor, mesmo as bikes xpto.

Uma vez que estou grávida, mantive a bike tal e qual como veio de fábrica, com exceção do selim que é emprestado até poder experimentar os novos selins da Giant. Quero fazer-lhe umas alterações mas uma vez que nos próximos meses vou andar muito menos e o meu corpo está sempre a aumentar (:p) guardo esses upgrades para quando puder realmente beneficiar deles.


A minha primeira bike era roda 26, a segunda roda 29, e desta vez a escolha recaiu sobre uma 27,5 e carambas, como andava ansiosa para a levar aos trilhos e ver como se comportava.

Só havia um pequeno senão... estando grávida de 15 semanas o teste tinha de impor algum (muito) juízo!


Foi por isso, que escolhemos Sintra para fazer a estreia. O Fred conhece aqueles trilhos como a palma da sua mão temos subidas de respeito mas não tão íngremes que não me permitam gerir bem o esforço e existem sempre singletracks com menos perigo.


O dia estava impecável e a nossa volta acabou por passar pela Peninha e pela Pedra Amarela. Esta última foi uma estreia para mim que nunca tinha lá ido. Não estávamos sequer a planear subir tanto, mas a verdade é que eu estava a sentir-me lindamente e o esforço que tenho de fazer para subir com esta bike comparado com o que fazia na 29 é ridiculamente inferior.


Fizemos a volta toda num ritmo muito soft mas nunca desmontei e felizmente também não plantei nenhuma figueira.

Nos trilhos mais técnicos e rápidos deu para perceber o quão mais reativa é esta bike. O facto de a roda ser menor torna-a mais ágil mas senti que é preciso um maior domínio sobre a malandra. A roda 29 é o chamado trator, basicamente permitia-me passar por cima de tudo a direito preocupando-me apenas em a manter equilibrada (com isto não quero dizer que não é preciso técnica para as 29, ok?!) mas esta obrigou-me a escolher melhor as trajetórias e a ter outro tipo de cuidados a transpor obstáculos como regos, raízes ou pedras.

Independentemente disso, qualquer mudança de trajetória que se queira fazer é muito mais imediata, pelo que acho que esta bike me vai permitir ganhar ainda mais técnica e obrigar a outro tipo de atenção nos trilhos o que só vai ser bom para mim.


Mas nas subidas, ah nas subidas, a diferença é absolutamente brutal. Primeiro porque a bike é para o meu tamanho o que me permite ter uma postura na condução totalmente diferente. Segundo porque sempre são menos 3kg de bike que estou a arrastar subida acima (mesmo que eu tenha mais 4kg que o meu peso normal). E por último, porque o facto de ser uma roda 27,5 também me permite perder menos velocidade no ataque à subida o que significa que mantenho uma pedalada muito mais constante em termos de ritmo.


Por outro lado, perdi algum "conforto" nas descidas mais técnicas e com degraus porque deixei de ter o "trator", mas esta suspensão também trabalha como a outra não trabalhava por isso acabei por não notar assim tanta diferença. É claro que fiz tudo o que era mais complicado a um ritmo bastante lento porque não me convém andar aos solavancos nem arriscar uma queda, logo este tipo de comparação tem de ficar para daqui a uns meses quando a puder testar sem receios.


Os punhos Red Monkey é que foram uma boa surpresa. Super confortáveis, com bom grip e com o bónus de serem exatamente do mesmo laranja da minha bike. Ficou o pendant completo.

Olhando para a prestação como um todo, senti que com esta bike consigo manter uma cadência mais estável, sem ter tantos picos de velocidade como tinha anteriormente em que acelerava imenso nas descidas e perdia bastante tempo nas subidas.

O que é impossível de deixar de mencionar é que a diferença de pedalar numa bike de carbono, do tamanho certo e com menos 3kg do que estava habituada é a-bis-mal... logo, qualquer tentativa de comparação honesta pode ser deturpada.

Foi uma bela manhã, com cerca de 550m subidos em 19km, de BTT a sério como já me apetecia há tanto tempo, numa manhã que mais parecia verão e que deixou a vontade de não parar de pedalar mas  o juízo falou mais alto e agora só volto aos trilhos para o ano.



Ficha Técnica (dados do Strava):

Distância: 19km
Tempo de movimento: 1h49
Tempo decorrido: 2h30
Elevação: 546m
Vel. média: 10,5km/h
Vel. máxima: 39,2km/h


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